RICARDO LEITE: UMA JORNADA DE REFLEXÃO E CRIATIVIDADE NALITERATURA CONTEMPORÂNEA
Postado em 02/07/2024Por Celso Ricardo de Almeida
Descubra como a paixão pela literatura e design transformou desafios em crescimento pessoal e espiritual.
📚 Destaques da Entrevista: 1) A evolução do grupo Momentos de Reflexão e seu impacto durante a pandemia. 2) Os processos criativos por trás das capas e logos que inspiram tantos leitores. 3) Os aprendizados profundos e a visão única de Ricardo sobre a arte e a literatura.
“Que a Persistência Realiza o Impossível. Entrar nessa caminhada sem medo arriscar a sua propriedade de torna-se um ser humano realizado nessa jornada chamada Vida.”
Ricardo Leite é um destacado designer capista e escritor, conhecido por sua profunda contribuição ao grupo Momentos de Reflexão, uma comunidade literária que tem desempenhado um papel crucial durante a pandemia. Seu percurso artístico é marcado por um constante crescimento pessoal e espiritual, refletido em seu trabalho e nos projetos colaborativos que integra.
Não perca essa oportunidade de se inspirar e aprender com Ricardo Leite! Leia a entrevista completa agora e mergulhe em um mundo de reflexão e criatividade! 🌟
1) Qual foi o momento mais marcante que você viveu ao longo desses quatro anos de jornada no grupo Momentos de Reflexão?Não existiu um só momento marcante, mas todos os momentos foram marcantes. Foi um momento que como ser humano refleti em toda a nossa existência aqui na terra.
2) Como você descreveria a evolução do grupo Momentos de Reflexão desde sua fundação até o seu quarto aniversário?
Foi uma evolução explosiva onde cada escritor e escritora, lutava pela sobrevivência contra a Pandemia.
3) Poderia compartilhar conosco como foi o processo criativo por trás da criação
da logo e das imagens gráficas do grupo?
Eu procurei descrever a união dos escritores e escritoras, pelo o amor a literatura. No entanto, coloquei o ramo de louro, em homenagem a vitória, consagração de cada reflexão para nossas vidas.
4) Entre todos os projetos em que você participou, qual deles você considera ser o
mais desafiador e por quê?
Falar em desafios, temos em todo momento em nossas vidas, qual seja a nossa caminhada, o projeto que para mim foi o mais desafiador, foram todos, pela oportunidade de podermos crescer não só como pessoa, mais também espiritualmente.
5) Ao longo desses anos, quais foram os principais aprendizados que você obteve ao colaborar com o grupo Momentos de Reflexão?
Para uma arvore, dar bons frutos ou dar boas folhas, precisa de uma boa semente, a semente é o embrião do nascimento. O aprendizado que tiro é saber entender e compreender o outro, como o Divino Jesus Cristo nos entende e nos compreende .
6) Qual foi a sua inspiração para criar as capas dos volumes da Antologia Poemas para Ler em Tempos de Quarentena?
A inspiração retirada do momento que todos nós estávamos vivendo.
7) Como você vê o papel da arte, especialmente da literatura, em tempos desafiadores como os que enfrentamos durante a quarentena?
Vejo como uma terapia, uma forma de podermos escapar das prisões da Depressão e da Ansiedade.
8) Quais são seus planos ou projetos futuros dentro do grupo Momentos de Reflexão ou em sua carreira como designer, capista e escritor?
Meus projetos futuros dentro do grupo Momentos de Reflexão é ver todos compartilhando sempre a poesia, uma irmandade que todos possam interagir em comentários em apoio da poesia que está sendo colocada em exposição no grupo. Na minha carreira como designer, capista e como escritor, que eu possa expor sentimentos e momentos dentro do meu trabalho literário.
9) Qual é o seu poema favorito dos volumes da Antologia Poemas para Ler em Tempos de Quarentena e por quê?
Foram todos, é um peso único na balança literária, pelo motivo de cada poema ser uma reflexão para o crescimento.
10) Que conselho você daria para alguém que está começando sua jornada como designer, capista ou escritor e deseja se envolver em projetos colaborativos como o grupo Momentos de Reflexão?
Que a Persistência Realiza o Impossível. Entrar nessa caminhada sem medo, arriscar a sua propriedade de torna-se um ser humano realizado, nessa jornada chamada Vida.
JORNADA DA VIDAQuero um estilo de vida Sem medo, sem dúvida Que a minha vida seja Precavida e vivida Sendo envolvida Dentro de uma expectativa de vida Plantando sempre a erva-da-vida Desenvolvida em um ciclo de vida Espalhando as folhas ao chãoEm uma árvore-da-vidaPara obter uma qualidadede vida Ricardo Leite*************************************************************
📚 Destaques da Entrevista: 1) A evolução do grupo Momentos de Reflexão e seu impacto durante a pandemia. 2) Os processos criativos por trás das capas e logos que inspiram tantos leitores. 3) Os aprendizados profundos e a visão única de Ricardo sobre a arte e a literatura.
Não perca essa oportunidade de se inspirar e aprender com Ricardo Leite! Leia a entrevista completa agora e mergulhe em um mundo de reflexão e criatividade! 🌟
1) Qual foi o momento mais marcante que você viveu ao longo desses quatro anos de jornada no grupo Momentos de Reflexão?
2) Como você descreveria a evolução do grupo Momentos de Reflexão desde sua fundação até o seu quarto aniversário?
Foi uma evolução explosiva onde cada escritor e escritora, lutava pela sobrevivência contra a Pandemia.
3) Poderia compartilhar conosco como foi o processo criativo por trás da criação
da logo e das imagens gráficas do grupo?
Eu procurei descrever a união dos escritores e escritoras, pelo o amor a literatura. No entanto, coloquei o ramo de louro, em homenagem a vitória, consagração de cada reflexão para nossas vidas.
4) Entre todos os projetos em que você participou, qual deles você considera ser o
mais desafiador e por quê?
Falar em desafios, temos em todo momento em nossas vidas, qual seja a nossa caminhada, o projeto que para mim foi o mais desafiador, foram todos, pela oportunidade de podermos crescer não só como pessoa, mais também espiritualmente.
5) Ao longo desses anos, quais foram os principais aprendizados que você obteve ao colaborar com o grupo Momentos de Reflexão?
Para uma arvore, dar bons frutos ou dar boas folhas, precisa de uma boa semente, a semente é o embrião do nascimento. O aprendizado que tiro é saber entender e compreender o outro, como o Divino Jesus Cristo nos entende e nos compreende .
6) Qual foi a sua inspiração para criar as capas dos volumes da Antologia Poemas para Ler em Tempos de Quarentena?
A inspiração retirada do momento que todos nós estávamos vivendo.
7) Como você vê o papel da arte, especialmente da literatura, em tempos desafiadores como os que enfrentamos durante a quarentena?
8) Quais são seus planos ou projetos futuros dentro do grupo Momentos de Reflexão ou em sua carreira como designer, capista e escritor?
Meus projetos futuros dentro do grupo Momentos de Reflexão é ver todos compartilhando sempre a poesia, uma irmandade que todos possam interagir em comentários em apoio da poesia que está sendo colocada em exposição no grupo. Na minha carreira como designer, capista e como escritor, que eu possa expor sentimentos e momentos dentro do meu trabalho literário.
9) Qual é o seu poema favorito dos volumes da Antologia Poemas para Ler em Tempos de Quarentena e por quê?
Foram todos, é um peso único na balança literária, pelo motivo de cada poema ser uma reflexão para o crescimento.
10) Que conselho você daria para alguém que está começando sua jornada como designer, capista ou escritor e deseja se envolver em projetos colaborativos como o grupo Momentos de Reflexão?
Que a Persistência Realiza o Impossível. Entrar nessa caminhada sem medo, arriscar a sua propriedade de torna-se um ser humano realizado, nessa jornada chamada Vida.
Entrevista com Hawany Nawar Everton Maranhão: O Poeta que Encanta com suas Palavras
Postado em 08/03/2024
Por Celso Ricardo de Almeida
https://instagram.com/celsoricardo.dealmeida
https://www.facebook.com/celsoricardo.dealmeida
Hawany Nawar Everton Maranhão, conhecido carinhosamente como "Inconsistente", é mais do que apenas um nome entre os talentosos poetas contemporâneos. Nascido em São Luíz-MA, no dia 10 de março de 2002, sua jornada literária o destacou não apenas como um escritor promissor, mas também como um educador apaixonado e um competidor respeitado em concursos literários em todo o país. Com conquistas notáveis, incluindo o 3° lugar no Estadual do Congresso de Trovadores de Anchieta-ES (2019) e o 3° lugar a nível nacional na categoria Poesia Independente do Congresso de Trovadores de Iúna-ES (2019), Hawany também se destaca entre os 50 melhores poetas estaduais no Concurso da Flic (2019). Além disso, sua presença se faz marcante em projetos colaborativos como "Poemas para Ler em Tempos de Quarentena - Volumes I, II e III".
Nesta entrevista, exploraremos a mente criativa por trás do pseudônimo "Inconsistente", mergulhando em sua experiência como participante desses projetos literários e a importância que eles têm em sua vida e na comunidade literária como um todo. Vamos descobrir o que o inspira, o que o motiva e como ele vê o seu papel na difusão da arte da poesia, especialmente em tempos desafiadores como os que vivemos.
![]() |
“Em tempos desafiadores como a quarentena de COVID-19, acredito que o escritor desempenha um papel crucial ao oferecer escapismo, reflexão e conexão através da literatura” |
1) Você poderia nos fazer uma apresentação sobre você e seu trabalho literário, destacando suas principais realizações, inspirações e o que você busca transmitir através de suas obras?
Me chamo Hawany Nawar Everton Maranhão, tenho 21 anos e sou natural de São Luís, no Maranhão. Sou escritor a nível nacional pela Academia Capixaba de Letras (ACLAPTCTC), possuo algumas antologias publicadas, tanto nas edições de “Poemas para Ler em Tempos de Quarentena”, quanto em “Poesia para Apaixonados”. Minha principal inspiração foram as dificuldades da vida. Vir de onde eu vim e ser escritor seria uma das tarefas mais difíceis que poderia enfrentar. Em minhas poesias, tento passar reflexões críticas sobre algum contexto social ou aspectos da realidade habitual de forma subjetiva e crítica.
2)
O que o motivou a entrar para o Grupo Momentos de Reflexão e a participar das
antologias "Poemas para Ler em Tempos de Quarentena"?
A
troca de conhecimentos, vivências e o trabalho em grupo, além de conhecer as
diversas realidades e pensamentos dos colegas poetas espalhados pelo Brasil,
foram fatores que influenciaram minha entrada para o grupo. Em relação à
escrita para as antologias, acredito que havia algo a ser dito, algo que não
poderia ficar apenas para mim, algo que deveria alcançar outras mentes e talvez
pudesse ajudar alguém em um momento ruim. Isso fez com que eu entrasse nesse
processo de escrita.
3) Como essas experiências contribuíram para sua jornada literária e como você percebe o papel desses projetos na comunidade durante períodos desafiadores como a quarentena?
Escrever durante a pandemia cria outros valores em relação ao que realmente importa em nossas vidas, ao que é necessário priorizar. A criação de e-books gratuitos foi uma maneira de levar cultura para toda uma comunidade sem pensar em ganhos, mas sim na transformação que poemas poderiam trazer para a vida das pessoas em um período tão delicado.
4)
Como você vê o papel do escritor na sociedade, especialmente em tempos
desafiadores como a quarentena que vivemos recentemente?
Em tempos desafiadores como a quarentena de COVID-19, acredito que o escritor desempenha um papel crucial ao oferecer escapismo, reflexão e conexão através da literatura. Suas palavras podem inspirar, confortar e desafiar, proporcionando um meio de compreender e lidar com as experiências coletivas de dificuldade e isolamento. O escritor também tem o poder de documentar e interpretar os eventos históricos, contribuindo para a compreensão e registro da época em que vivemos.
5) Qual foi o impacto para você de participar do projeto "Poemas para Ler em Tempos de Quarentena"? Como você acha que a sua escrita pode oferecer conforto e inspiração durante períodos difíceis?
Ajudar as pessoas foi o principal ponto de partida para participar do projeto. O principal impacto de participar do projeto foram as oportunidades que foram criadas após a conclusão de um ciclo e até mesmo de conseguir perceber que sou capaz de fazer parte de algo grande. Minha escrita é baseada no ato reflexivo. A reflexão, por sua vez, pode ser capaz de esclarecer questões internas que prejudicam o indivíduo no seu processo de aceitação ou de percepção da realidade.
6)
O que você aprendeu ao participar dos quatro volumes de "Poemas para Ler
em Tempos de Quarentena"? Como você percebeu a evolução da sua escrita ao
longo desses volumes?
O principal ponto de aprendizagem foi: "Enquanto algumas pessoas diziam para, outras gritavam 'continua'". Dar valor ao que pode e foi construído, trazer voz para quem não teve voz, entender que mesmo em tempos difíceis sempre existirá uma luz para que possamos nos apoiar. Tudo isso fez parte da minha escrita ao longo dos quatro volumes, e minha evolução na escrita se mostrou presente ao compreender significados que nem mesmo acreditava que existiam.
7)
Qual foi a sua experiência ao participar do grupo de WhatsApp "Momentos de
Reflexão"? Como esse grupo de apaixonados pela literatura contribuiu para
o seu desenvolvimento pessoal e literário, e de que forma você percebeu o
impacto das trocas de ideias e experiências neste grupo?
Foi uma experiência acolhedora e reconfortante, onde todos os membros compartilham seus textos e incentivam a continuação dos ciclos dos outros escritores. Acredito que o trabalho coletivo desenvolvido juntamente com os demais integrantes desenvolve um aspecto muito importante em nossas vidas, a coletividade. As trocas de ideias estimulam a criação poética, e diferentes perspectivas são capazes de criar diferentes resultados.
8)
Neste aniversário de 4 anos do grupo, que mensagem você gostaria de
compartilhar conosco? Como você reflete sobre o percurso do grupo ao longo
desses anos e quais são suas esperanças e desejos para o futuro desta
comunidade?
Neste
aniversário de 4 anos do grupo, gostaria de expressar minha admiração pela
jornada que vocês percorreram juntos. Ao longo desses anos, testemunhei o
crescimento, a colaboração e o apoio mútuo que definiram a essência desta
comunidade. Cada membro trouxe sua voz única, experiência e paixão pela
escrita, enriquecendo o grupo de maneiras profundas e significativas. Ao
refletir sobre o percurso do grupo, é inspirador ver como vocês se uniram para
compartilhar conhecimentos, inspirar uns aos outros e criar um espaço de
criatividade e expressão. Cada desafio superado, cada conquista celebrada e
cada momento compartilhado contribuíram para fortalecer os laços desta
comunidade.
Para o futuro desta comunidade, espero que continuem a cultivar esse espírito de colaboração, apoio mútuo e criatividade. Que vocês sejam uma fonte de inspiração uns para os outros, motivando-se a alcançar novos patamares e explorar novas fronteiras na escrita e na expressão artística. Que este próximo ano seja marcado por ainda mais crescimento, aprendizado e realização para todos os membros do grupo. Que cada palavra escrita, cada ideia compartilhada e cada conexão feita contribua para o florescimento contínuo desta comunidade.
**************************************************************
Entrevista com Rassul Candulo Janato: A Sensibilidade e Expressão Poética de um Escritor Moçambicano
Bem-vindos à coluna “CRA – Conversas Reveladoras”. Hoje, temos o prazer de receber um talentoso escritor moçambicano, Rassul Candulo Janato, conhecido também pelo pseudônimo "Asyene_Mbumba". Nascido em Massangulo, na Província de Niassa, Rassul traz consigo uma trajetória literária que remonta aos primórdios de 2007, quando iniciou sua jornada como escritor.
Rassul é membro do CEPAN - Clube de Escritores e Amigos do Niassa, uma associação que tem fomentado a produção literária na região. Além disso, desde 2010, ele tem participado em várias obras de poesia a nível dos PALOPS (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), destacando-se nas I, II e III Edições da Antologia "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE QUARENTENA". Seus poemas têm alcançado uma ampla divulgação em diversos canais sociais, jornais e revistas, cativando o público com sua sensibilidade e expressão poética.
Rassul Candulo Janato - Pseudônimo "Asyene_Mbumba"
Nesta
entrevista, vamos explorar a jornada literária de Rassul Candulo Janato, sua
visão sobre a cultura moçambicana e a importância da literatura na preservação
da identidade cultural. Também teremos a oportunidade de conhecer seus projetos
atuais e os desafios enfrentados pelos escritores em Moçambique.
Preparem-se para uma conversa enriquecedora com um autor dedicado e talentoso, cuja paixão pelas palavras tem conquistado corações e mentes em Moçambique e além. É um prazer dar as boas-vindas ao escritor Rassul Candulo Janato para nossa coluna.
Como você começou sua jornada literária em 2007? O que o inspirou a começar a escrever?
RJ: Muito obrigado
Celso, por esta janela que me abrem. A Minha Jornada literária começa a dar
mais luz em 2007 quando integrei um grupo de Jovens para fazer parte de uma Oficina
Literária: Técnicas de Escrita e Leitura organizada pela ONG Leigos
para o Desenvolvimento em parceria com a Biblioteca AFRICAMIGA na Cidade de
Lichinga, a capital da Província do Niassa. Com a aprendizagem que tive, fui
convidado a fazer parte editorial de um Semanário virado a matérias
educacionais, onde passei a representar uma coluna “Sugestão de Leitura” o que
me desafiou a ler muitos Livros, então começa a ganhar vida o bichinho de
escrever poesia. A representante da organização Leigos, sugeriu-me a conhecer o
CEPAN – Clube de Escritores Poetas e Amigos do Niassa, daí não teve mais
freios.
Como é a cena literária em Moçambique atualmente? Quais são os desafios e oportunidades para os escritores moçambicanos?
RJ: Vejo que a cena
literária em Moçambique está a bom rítimo, comparado há uns 10 anos. Há muitos
jovens a integrar em associações/agremiações literárias e a mostrar o seu
potencial. Sinto que os escritores mais antigos e com grande experiência estão
mais abertos a alavancar o jovem. Agora, as oportunidades para escritores são
limitadas principalmente para os emergentes, contudo há muitos jovens a abraçar
a arte de escrever e que conseguem lançar uma obra embora com muito sacrifício
porque poucos são os patrocinadores, e os poucos que apoiam não abragem a
muitos escritores.
Você poderia falar sobre sua participação nas obras de poesia das Antologias "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE QUARENTENA"? Qual é a importância da poesia durante momentos desafiadores como a quarentena?
RJ: Quando recebi o
convite, para fazer parte do Grupo de Whatsapp “Momentos de Reflexão” fiquei tão
emocionado, pois vi nisso uma oportunidade de partilhar espaço literário com o
Mundo. Participar desse projecto, tem sido muito importante para mim, pois o
livro por si só é um bálsamo para dores da mente e da alma, e saber que estou
contribuindo para balssamar a dor de muita gente num momento não comum como a
quarentena não tem preço. A quarentena fez-nos perceber o quanto ter um livro é sempre bom.
Praça da Independência Cidade de Maputo, Capital de Moçambique
Além
das Antologias "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE QUARENTENA", em quais
outros projetos literários você participou e quais foram suas experiências?
RJ: Nunca me esqueço
da primeira aparição em uma Obra literária através do CEPAN, o JOIA NIASSA:
Metáforas do Ventre, a Revista de Artes e Letras KILIMAR que é produzida na
Cidade de Quelimane, Província da Zambézia. Estas participações foram abrindo
novos horizontes em minha linha de escrita, e tenho notado bastante evolução na
forma como escrevo.
Como você vê o papel da literatura na preservação e promoção da cultura em Moçambique? Como os escritores podem contribuir para manter viva a identidade cultural do país?
RJ: A literatura não
é muito bem percebida como parte da cultura de uma sociedade pelos
Moçambicanos. A maior parte dos moçambicanos, descartam a literatura na
cultura. Mas graças a actividades que várias agremiações literárias vem fazendo
de modo a difundir a essência da literatura fazendo de tudo para participações
em grandes eventos sejam sociais ou do Governo. Com isso a literatura já vem
ganhando espaço na mente dos moçambicanos. Os escritores, desempenham um papel
muito importante na manutenção da identidade de um País, pois a literatura está
para além fronteiras e se escrevermos sobre as potencialidades turisticas,
Tradicionais, culturais em geral do nosso país, com certeza mantemos vivo e em
destaque a nossa identidade para todas as gerações.
Quais são os temas ou questões recorrentes em sua escrita? Existe algum assunto específico que você goste de explorar em seus poemas?
RJ: Na verdade tenho
muito me inspirado em vivências. Levo a poesia no seu sentido geral, mas sou
mais sentimentalista retratando o Amor, a Saudade e causas sociais.
Como a internet e as redes sociais têm afetado o mundo da literatura e a forma como os escritores compartilham suas obras?
RJ: A internet e as
Redes sociais, veio revolucionar a forma como sempre a literatura foi feita.
Hoje em dia não preciso necessariamente lançar uma Obra impressa para o mundo saber que existo.
Basta um clique e estou em todo o mundo. Mas há que ter muito cuidado com essas
plataformas, porque lá encontramos tudo e todos, sob risco de termos nossas
criações plagiadas, principalmente quando partilhamos textos não licenciados.
Mas contudo penso vamos melhorando na forma como usamos essas plataformas
sociais na literatura e Graças a esses meios de comunicação, estou aqui
partilhando meu cordão literário, directamente de Moçambique. (risos)
Quais são seus escritores ou poetas favoritos em Moçambique e no mundo? Eles influenciam sua própria escrita de alguma forma?
RJ: Uau, (suspiro) eu
leio de tudo, mas ler o Mia Couto, Noémia de Sousa, Lino Mukuruza, Francelino
Wilson (Krosson), Eduardo White, José Craveirinha, Rui Knopfil me deixa nos
céus, gosto também de me deliciar de Aguinaldo Silva, Oswaldo Montenegro, Mário
Quintana, Hilda Hilst, José Peixoto. Esses escritores me inspiram bastante, o
Mia Couto tem uma linha literária que me encanta bastante principalmente a
forma como ele aportuguesa alguns termos de línguas locais em seus textos.
Uauu.
RJ: Pretendo lançar
uma obra de Poesias e actualmente estou fazendo revisão dos meus textos e
procurando parcerias para o efeito. O CEPAN e seus membros tem ajudado muito
nisso. Estou também a trabalhar em colaboração com outros escritores no lançamento
de duas Antologias para além da "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE
QUARENTENA" O que aprendi com a pandemia.
Para finalizar, qual conselho você daria para jovens escritores em Moçambique que desejam seguir uma carreira na literatura?
RJ: Dizer que, a
literatura é uma maravilha em todos os sentidos. Como tenho dito: “Somos todos
poetas escondidos em nós mesmos” o jovem
escritor precisa explorar mais a leitura, porque se menos ler, menos poderá
escrever, menos poderá despertar o bichinho, buscar sempre experiências com os
escritores mais antigos, temos que criar mais grupos de interacção literária de
modos a recriarmos sem ferir a linha literária e graças a internet é possível
fazer isso.
Para terminar
mesmo, endereçar o meu muito obrigado mais uma vez a ti Celso, ao Jornal
Cultural Rom, ao Brasil e ao mundo inteiro por esta oportunidade, que venham
mais jovens nesta coluna maravilhosa.
Assante,
Kanimambo, Koshukuro, Zikhomo = Obrigado
em algumas linguas locais mais faladas em Moçambique
***********************************************************************
Entrevista
com o Irmão Sérgio Chicareli Venerável Mestre da Loja Maçônica Casa do Caminho do
Oriente de Fervedouro-MG
Para início de conversa, faça uma apresentação, quem é o Irmão Sérgio Chicareli?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Sérgio Chicarelli
é residente em Fervedouro na rua Aparecida Vicente de Oliveira, tenho 48 anos,
trabalhei durante 25 anos na Viação Rio Doce como Fiscal e hoje trabalho na Mecânica
Santos com lanternagem e Pintura.
Conte-nos
um pouco de sua trajetória Maçônica junto à Loja Maçônica Casa do Caminho?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Fui iniciado
na Maçonaria, na mesma Loja, em 18 de novembro de 2008, elevado em 31 de agosto
de 2009, exaltado no dia 3 de agosto de 2010 e instalado no dia 3 de junho de
2014. Ao longo desses anos exerci vários cargos na Loja, sendo que fui tesoureiro
por vários anos consecutivos. E a segunda vez que fui eleito Venerável Mestre.
O
que é ser Maçom para você?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Ser Maçom é
estar sempre me lapidando como ser humano e cumpridor de meus deveres.
Para
você o que é ser Venerável Mestre?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Ser Venerável
Mestre é ter a confiança dos demais Irmãos para conduzir a Loja.
Acredita
que você está capacitado para ocupar esse cargo?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Acredito que
sim, pois aprendi muito com outros Irmãos mais experientes e estou muito bem
auxiliado.
Qual
é a equipe que estará te auxiliando durante o período em que estiver a frente
da Venerança da Loja?
Minha Loja é composta de apenas 14 Irmãos,
portanto, conto com o auxílio de todos, mas tem sempre aquele que chega junto,
no meu caso o meu secretário, o tesoureiro e os vigilantes.
Você
assumiu a Venerança da Loja num período difícil, que está sendo a Pandemia do
Covid-19, você considera que isso prejudicou sua atuação como Venerável Mestre?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Na verdade a
pandemia prejudicou em muito pois as reuniões presenciais não estão acontecendo
e com isso muitos acabaram desanimando dos compromissos Maçônicos.
Como
esta sendo a condução, que você está dando a Loja, nesse período de Pandemia,
Isolamento Social e etc?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Os trabalhos
estão quase parado infelizmente e por não ter reunião presencial eles estão
acontecendo virtualmente e não é a mesma coisa.
Quais
serão suas ações para administrar o retorno das atividades Ritualísticas da Loja
após a Pandemia?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Vamos voltar
às reuniões presenciais assim que puder e seguir todos os protocolos de
segurança.
Quais
seriam os seus planos junto as Cunhadas, Sobrinhos(as)? Há algum trabalho
envolvendo eles que você deseja implementar junto a loja?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Voltando as
reuniões presenciais todas as cunhadas serão convidadas a interagirem com os trabalhos
da loja.
Estaremos
com nova equipe no Grão Mestrado da GLMMG, onde o nosso Irmão Sérgio Quirino
irá assumir como Grão Mestre e juntamente com os Irmãos Rodrigo Otávio e
Rogério Laguna nas Grandes Vigilâncias. Qual a sua expectativa para esse novo
Grão Mestrado?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Acredito que
faram um bom trabalho junto a direção da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.
Deixe
uma mensagem para os Irmãos de sua Loja bem como para os Irmãos das Lojas da região?
VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Caros Irmãos
da Casa do Caminho e Lojas da região oro ao Grande Arquiteto do Universo para
que essa pandemia passe logo e com as graças Dele muito em breve estaremos
juntos em Loja, mas por enquanto, se protejam, pois, essa covid-19 não é
brincadeira.
Para
início de conversa, faça uma apresentação, quem é o Irmão Rodolfo Ribeiro
Coutinho?
Venerável Rodolfo – Eu sou Rodolfo Ribeiro Coutinho 39 anos, Casado com a cunhada Daiana Januário de Souza Coutinho há 16 anos, tenho um filho Pedro Januário Coutinho de 5 anos, Empresário no ramo de comunicação visual e morador de Espera Feliz desde dia do meu nascimento.
Conte-nos
um pouco de sua trajetória Maçônica junto à Loja Maçônica Sabedoria e Silêncio?
Venerável Rodolfo – Iniciei na loja em
02/10/2013, desde então galguei todos os graus 1.2.3 sempre trabalhando e
fortalecendo as colunas desta casa, hoje estou prestes a instalar como Venerável
Mestre.
O que é ser Maçom para você?
Venerável Rodolfo – Primeiro uma honra,
depois vindo de uma família onde meu avô foi Maçon e tios e primos também,
sempre me interessei por se tornar um, não pela curiosidade mas sim pelo
exemplo que deixaram pra mim como pessoas e como Maçons valorosos que foram.
Pra mim o ser Maçom é sempre tá procurando ser justo e perfeito tanto na Maçonaria
quanto no mundo profano, acredito que a perfeição nunca alcançaremos, mas temos
que busca-la sempre nos lapidando a cada dia mais.
Para você o que é ser Venerável Mestre?
Venerável Rodolfo – Uma responsabilidade
muito grande, saber que estamos veneráveis e que transmitimos ordens e não
damos ordens, pra mim um cargo onde temos que saber mais ouvir que falar, e
valorizar muito acima tudo todos Irmãos obreiros da nossa oficina pra assim
conseguir ter um pleito tranquilo e evolutivo pra Loja em todos os aspectos.
Acredita que você está capacitado para ocupar esse cargo?
Venerável Rodolfo – Acredito que estou
pronto, capacitado vou saber se fui quando passar minha vez ao próximo que for,
e ver se deixei melhor do peguei, pronto sim pra fazer o melhor pra minha Loja
junto com a ajuda dos meus valorosos irmãos e pedindo sempre ao GADU que me dê
sabedoria e capacidade pra sempre olhar o melhor para os Irmãos e
principalmente pra loja.
Qual é a equipe que estará te auxiliando durante o período em que estiver a frente da Venerança da Loja?
Venerável Rodolfo – Como o quadro de
obreiros da minha loja hoje tá bem reduzido, além dos 1° e 2° vigilantes e os
outros cargos conto com apoio de todos os Irmãos, estamos vindo de um momento
muito difícil tanto para Maçonaria quanto no mundo todo, espero uma união maior
de todos, tanto dos nossos valorosos Irmãos da casa quanto também dos Irmãos
visitantes para fortalecer nossas colunas e assim nos recuperar o quanto antes
de tudo isso que passamos recentemente.
Você assumiu a venerança da Loja num período difícil, que está sendo a Pandemia do Covid-19, você considera que isso prejudicou sua atuação como Venerável Mestre?
Venerável Rodolfo – Muito, não só a
venerança como toda a Maçonaria, não podendo ter sessões presenciais prejudicou
todo nosso processo desde pagamento de mensalidades quanto a iniciação e
regularização de novos irmãos pra nos fortalecer... Acredito e penso que assim
que voltar teremos que promover muitos eventos entre lojas até pra aproximar
mais os Irmãos.
Como esta sendo a condução, que você está dando a Loja, nesse período de Pandemia, Isolamento Social e etc?
Venerável Rodolfo – Infelizmente estamos
parados aguardando agora um decreto municipal para voltar, durante todo período
fizemos apenas algumas reuniões administrativas pra resolver problemas burocráticos
somente, as sessões online não planejamos por muitos Irmãos ter uma dificuldade
grande com essa tecnologia ainda.
Quais serão suas ações para administrar o retorno das atividades Ritualísticas da Loja após a Pandemia?
Venerável Rodolfo – Primeiro vamos
aguardar um novo decreto municipal pra voltar as reuniões e como poderemos
voltar... se com a capacidade total e quais medidas de proteção por exemplo,
mas assim que liberar estaremos voltando e vamos correr atrás deste tempo
perdido. Penso muito que todos nós da 45° delegacia principalmente vamos ter
que nos unir como nunca, pra uma loja tá fortalecendo a outra e assim voltar a
normalidade, por isso que acredito que novos eventos entre as Lojas serão muito
importante pra essa união.
Quais seriam os seus planos junto as Cunhadas, Sobrinhos (as)? Há algum trabalho envolvendo eles que você deseja implementar junto a loja?
Venerável Rodolfo – Tenho uma vontade
enorme e vou criar sem dúvida que é o departamento feminino da Loja, hoje a
mulher tá muito comprometida e envolvida na sociedade e na Maçonaria acredito
que não pode ser diferente. Já para os sobrinhos hoje temos aqui na nossa Loja
co-irmã o capitulo Demolay que não sei como anda, tenho Irmãos valorosos no
quadro que ocupava vários cargos lá, comprometo junto a eles saber como está a
situação e procurar ajudar da melhor maneira possível e dentro do que for
possível.
Estaremos com nova equipe no Grão Mestrado da GLMMG, onde o nosso Irmão Sérgio Quirino irá assumir como Grão Mestre e juntamente com os Irmãos Rodrigo Otávio e Rogério Laguna nas Grandes Vigilâncias. Qual a sua expectativa para esse novo Grão Mestrado?
Venerável Rodolfo – Expectativa hoje das
melhores possíveis, são Irmãos que dispensam comentários. Primeira vez desde
quando iniciei que vamos ter um Grão Mestre que foi e é tão comprometido com
nossa região aqui, expectativa é acabar logo essa pandemia e poder iniciar os
trabalhos pra conseguir mais unir esses laços fraternos.
Deixe uma mensagem para os Irmãos de sua Loja bem como para os Irmãos das Lojas da região?
Venerável Rodolfo – Para os Irmãos
obreiros da minha Loja, peço muita união, sabedoria e muito comprometimento com
a Loja e com a Maçonaria em todos os aspectos, tanto agora nessa fase e muito
maior quando voltarmos aos trabalhos, para juntos conseguirmos voltar a ser
como antes. Aos nossos valorosos Irmãos de toda região pedimos que reforcem
nossas colunas e que estarei junto com os meus Irmãos aqui da Loja Sabedoria e Silencio
também sempre de pé e a ordem a todos vocês, pra junto, somando forças
conseguir sempre estreitar nossos laços fraternos e fortalecer a cada dia mais
a Maçonaria.


E
objetivando divulgar e apresentar os escritores de nosso imenso Brasil, o
Jornal Rol traz para um Bate-papo, através da coluna Entrevistas ROLianas, desta
fez junto ao Colunista Celso Ricardo de Almeida, o escritor de São Bernardo do
Campo-SP Adilson Zotovici que é casado há 45 anos com Vivian
Saccomanno Zotovici. Paulistano, estudou Marketing, foi representante
comercial, industrial e atualmente, pequeno empresário do ramo de
terraplenagem. Iniciado na Sublime Maçonaria há quase 30 anos, na Loja Maçônica
Chequer Nassif-169 em São Bernardo do Campo-SP, onde permanece até hoje e
exerceu todos os cargos e funções, destacando o de Orador em várias
oportunidades e foi Venerável Mestre por duas administrações. Homenageado pela
Câmara Municipal de São Bernardo do Campo como destacado Maçon da região. Participou
da criação das "Paramaçônicas" da Grande Loja do Espado de São Paulo.
Foi Delegado Distrital e posteriormente Delegado Regional do ABC do Grão Mestre
da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo entre outros cargos e funções. Escreveu
diversos textos, cerimoniais, roteiros para encontros maçônicos, criador e
realizador do projeto ELO, colaborador, com seus poemas, por muitos anos de
vários importantes veículos de comunicações eletrônicos de divulgação da
cultura maçônica, tais como no saudoso JBNEWS de Santa Catarina, no CHICO DA
BOTICA do Rio Grande do Sul, do "Acácia 13" de São Paulo, no Grêmio
Salvador Allende do Grande Oriente Lusitano de Lisboa Portugal entre outros, autor
de livretos de poesias, com poemas publicados em diversos livros de vários
escritores, autor do livro "Alma em Versos" (1999), coparticipação no
livro "Momentos de Reflexão" e recentemente no livro e confraria
"Maçons em Reflexão II" (2020). Autor do livro Versos a Maço e Cinzel
(2020). Nesta
conversa foi falado sobre sua obra, o processo criativo e sobre poesia de forma
geral. Quer saber como foi? Então confira a entrevista a baixo.
CELSO RICARDO – Para iniciarmos o nosso bate-papo, conte-nos um pouco sobre a sua trajetória literária, como procedeu ao seu despertar literário, seus primeiros textos, como você se apaixonou pela literatura, pela poesia, enfim, fale-nos sobre você e a poesia!
ADILSON
ZOTOVICI – Desde muito jovem tenho interesse pela literatura, mormente “poesias”,
notadamente as rimadas, uma vez que assim, as palavras parecem ter vida.
CELSO RICARDO – Levando em consideração que a poesia é sua grande paixão, permita-nos pedir para você conceituá-la. O que é poesia para você? Como a define?
ADILSON
ZOTOVICI – Poesia para mim é a forma imediata de comunicação entre a alma de
quem a escreve com a de quem a lê.
CELSO RICARDO – Seus poemas têm alguma particularidade? Você obedece algum estilo literário?
ADILSON
ZOTOVICI – Tem um pouco de história, lirismo e que há anos tenho minha
preferência em escrevê-los em sonetos.
CELSO RICARDO – Você tem alguma técnica para construir seus poemas? Você inicia a construção de um poema simplesmente com uma ideia, com uma palavra ou com uma imagem, ou necessita de mais outros procedimentos ou inspirações?
ADILSON
ZOTOVICI – Inicio um poema baseado num tema que me chama muito a atenção, que
desperta um sentimento e a vontade de gravar em letras meu pensamento. Desenho
o assunto em minha mente e passo para o papel, de uma só vez, depois, abandono
o trabalho por um tempo e o esqueço (às vezes por horas, dias, semanas ou meses),
voltando a ele posteriormente quando então o critico e o realizo.
CELSO RICARDO – Em sua avaliação quais os pontos fortes e os fracos de seu trabalho?
ADILSON
ZOTOVICI – Quando jovem, comecei escrevendo sobre temas românticos,
identificando-me posteriormente, com a riqueza dos temas oriundos da Sublime
Instituição Maçônica, da qual faço parte há quase trinta anos, onde creio que
dado os assuntos inesgotáveis, dediquei-me deveras a eles, e outros eventuais temas
mas, que para mim, satisfazem.
CELSO RICARDO – Quais os temas ou assuntos que você mais gosta de transformar em poesia? Tem algum em específico?
ADILSON
ZOTOVICI – O cotidiano, como relatei, sirvo-me da essência dos inesgotáveis e
culturais temas maçônicos que além do prazer, creio, vão ao âmago das questões,
norteados em toda uma rica história e conhecimentos passados por aqueles quem
nos antecederam. Esporadicamente, escrevo algum tema político ou romântico.
CELSO RICARDO – Em linhas gerais, o que te inspira a escrever?
ADILSON
ZOTOVICI – A grandeza e a premência do tema e seu conteúdo, o compartilhamento
e a convicção da comunicação para com o leitor. Destaco que passei a escrever
em poemas, notadamente em sonetos, os temas maçônicos que acreditei e acredito,
serem uma forma rápida, sucinta, sutil e graciosa, de passar uma ideia, um
pensamento, alguma cultura, uma informação, em que o público alvo leia na
íntegra e que à vezes, ainda que restrito a algum especifico assunto,
absorva, critique e o compreenda.
CELSO RICARDO – Você consegue escrever em qualquer lugar, qualquer ocasião ou necessita de algum preparo, de alguma rotina literária?
ADILSON
ZOTOVICI – Quando vem a ideia, escrevo em qualquer lugar, aliás, parece
imperioso que assim o faça. Todavia, gosto muito de escrever durante a madrugada.
CELSO RICARDO – Aproximadamente quantas poesias você tem escritas?
ADILSON
ZOTOVICI – Infelizmente algumas poesias perderam-se, mas, creio que ainda,
contando os livros, brochuras, arquivos, tenho mais de duas mil poesias.
CELSO RICARDO – Tem algum autor nacional ou internacional que te inspira? E por quê?
ADILSON
ZOTOVICI – Alguns, mas, destaco Augusto dos Anjos e o grande Fernando Pessoa,
que leio, releio e não canso de ler.
CELSO RICARDO – Recentemente, no final do ano passado (2020), você fez o lançamento virtual, do livro, Versos a Maço e Cinzel, conte-nos sobre esse livro e qual foi à inspiração para escrevê-lo?
ADILSON
ZOTOVICI – Escrevo poesias e as envio a grupos específicos, jornais e
informativos eletrônicos nacionais e internacionais, que as tem publicado
habitualmente. Vinha fazendo através do tempo, brochuras com poesias que
distribuía a amigos e o último livro antes do acima citado, intitulado “Alma em
Versos” foi editado há dez anos. Alguns irmãos de maçonaria que me acompanham
há muito, aficionados dessa arte, que são verdadeiramente os maiores
responsáveis pelas divulgações dos poemas através de suas redes de
comunicações, tais como Pedro Albani, Marco Perottoni, João Shinagawa, Justo
Chacon, Sinval Silveira, Francisco Domingues, Anestor Silva, entre outros, que
muito grato, os considero parte primordial do meu entusiasmo em escrever
sempre, vinham incentivando-me com veemência, para que colocasse em livros
tradicionais ou mesmo virtuais nosso trabalho, argumentando que, dado o
conteúdo das obras, era importante maior acesso a mais leitores, até mesmo
oferecendo ajuda para que o fizesse. Assim, com o incentivo deles e notadamente
com o apoio e participação de eruditos irmãos como o professor poliglota Newton
Agrella, de meus filhos Dalton e Kleber, minha filha Fernanda Arquiteta Urbanista
e ilustradora, e minha esposa Vivian, a qual tem participação efetiva desde o
início, ouvindo, criticando e revisando a linguagem, realizamos o “VERSOS A MAÇO E CINZEL”, que é
uma coletânea de um certo período, que
em suas 260 páginas conta com perto de 400 poemas.
CELSO RICARDO – O livro tem um título um pouco diferente/enigmático, “Versos a Maço e Cinzel”, o que significa esse título e o que significou para você esse livro?
ADILSON
ZOTOVICI – O “Maço”, também conhecido como martelo ou marreta e o “Cinzel”,
como buril ou talhadeira, são ferramentas ou instrumentos alegóricos utilizados
pelos maçons, para o desbaste simbólico das asperezas da pedra bruta que
originalmente somos, buscando o brilho que temos e que se encontra oculto.
Intitulamos o livro “Versos a Maço e Cinzel”, em razão de nele estar
consignados poemas que além do entretenimento que se espera de um livro de
poesias, trazem um entendimento maior sobre a filosofia maçônica, que foram
escritos segundo o trabalho que efetua o maçom, também chamado de “pedreiro
livre”. Esse livro, não só para mim, mas, para muitas pessoas envolvidas em sua
historia, significa uma feliz realização, que é possível sempre, realizar aquilo
que buscarmos com efetividade e com perseverança.
CELSO RICARDO – Como já mencionamos na pergunta anterior, o livro foi lançamento em uma reunião virtual, algo até então nova e pouco utilizada, visto que até então as maiorias dos lançamentos de livro eram realizados em encontros presenciais. Como foi essa experiência e você acha que isso tirou a importância ou o glamour o evento?
ADILSON
ZOTOVICI – Bem! Na verdade eu preferiria o lançamento presencial, onde o
contato direto com os leitores, revendo antigos e novos amigos é realmente
muito prazeroso, uma festa, que jamais se esquece. Todavia, o lançamento deste
livro foi postergado por um tempo, na esperança de que a pandemia de 2020
tivesse um fim breve. Com o livro pronto nas embalagens, pessoas que chamo
carinhosamente de coautores e, baseado no sucesso do lançamento oficial “virtual” “pioneiro” de um
livro dessa espécie que tive a honra de participar, de iniciativa do sapiente e
vanguardista escritor Celso Ricardo de Almeida, intitulado “Maçons em Reflexão II
– Qual o Segredo da Maçonaria ?”, dado sua organização e participação de várias
pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo, entusiasmamo-nos e assim o
fizemos logo em seguida, nos mesmos moldes, o que para nós foi também um
sucesso, trazendo-nos muita alegria, ficando todo e intenso glamour de um
lançamento de livro, da forma que o momento permitiu, possibilitando outrossim,
a participação de pessoas que viriam presencialmente e outras que, com certeza,
não poderiam estar presentes dado sua distância domiciliar, locomoção etc.
CELSO RICARDO – E falando em Covid19, em 2020 no auge do confinamento, com quarentena e outras coisas, como foi a sua produção literária? Você escreveu mais? Como você adaptou o escrever com esse período de dificuldade mundial?
ADILSON
ZOTOVICI – Com o confinamento, sendo um pequeno empresário, deslocando-me ao
trabalho raramente, tive ainda mais tempo para escrever. Mas, a preocupação com
esse vírus que atinge toda humanidade, acabou por desviar-me um pouco, do
grande e habitual entusiasmo de escrever, dado termos contraído esse mal, que
felizmente, sem consequências drásticas, mas, lamentavelmente perdendo algumas pessoas
amadas. Por outro lado, pela preocupação e até mesmo com a intenção de atenuar
a angústia que assola o público alvo, e meus amigos, a “produção” de poemas,
aumentou significativamente exatamente com temas a isso ligados, o que na
verdade, não me apraz.
CELSO RICARDO – Para as pessoas que se interessaram pelo seu livro, como elas podem adquiri-lo?
ADILSON
ZOTOVICI – Tenho um e-mail “livrodoadilson@gmail.com”,
que o interessado pode enviar seu pedido informando o nome e endereço completo,
que logo ao recebê-lo, responderemos informando a forma de pagamento e a conta
para depósito e despacha-lo, ao preço de R$ 40,00 mais despesas de envio (aproximadamente
R$ 8,30 ).
CELSO RICARDO – Publicar um livro no Brasil hoje é uma ação quase que impossível, visto as dificuldades de conseguir um financiamento público, o que induz aos escritores a financiarem com recursos próprios as suas obras, que na maioria das vezes não tem o retorno financeiro almejado. Para publicar o seu livro, você encontrou alguma dificuldade? Como foi o processo para a publicação de seu livro e o que você espera sobre as políticas culturais nacionais?
ADILSON
ZOTOVICI – Para autores independentes, publicar um livro é uma façanha, a não
ser com recursos próprios e, para esses, há editoras que indicam o “passo a
passo” para sua realização. Quanto a retorno financeiro, não me parece um bom
investimento vez que, tenho a impressão que há um pequeno número de pessoas que
leem atualmente, mormente livros de poesias. Há muito não vejo incentivo
cultural oficial.
CELSO RICARDO – Quais são as formas que você faz a divulgação de suas poesias e do seu livro? E você considera esse meio de divulgação eficaz?
ADILSON
ZOTOVICI – A vários grupos específicos que acabam sendo multiplicadores,
jornais, Lojas maçônicas, informativos de bom alcance como exemplo, o
“tradicional Chico da Botica” do Rio Grande do Sul, nos mesmos moldes, do
saudoso “JB News” de Santa Catarina, que fazem um belo trabalho de difundir a
cultura maçônica. Para acesso a leitores distantes muito bom, para venda de
livros, não tenho ideia.
CELSO RICARDO – Você acha que as redes sociais e os meios eletrônicos de forma geral são uma ameaça ao livro impresso?
ADILSON
ZOTOVICI – Os livros virtuais são realidade e ocupam grandes espaços. Há que se
adaptar a essa realidade, mas, creio que o livro impresso nunca se extinguirá,
pois, como eu, conheço muitas pessoas que não se sentem tão confortáveis
(ainda) com livros virtuais e que ao manipularem e folhearem livros impressos,
sentem-se como se estivessem na história, sem contar o prazer de portá-los, vê-los
apostos numa estante, numa biblioteca, numa mala de viagem, num lugar de honra,
que é o seu lugar.
CELSO RICARDO – Você já recebeu algum e-mail ou mensagem de seus leitores? E qual foi o seu sentimento?
ADILSON
ZOTOVICI – Tenho sempre recebido de várias partes do Brasil e de fora, e o
sentimento, além de gratidão, é de grande satisfação, não por elogios ou
observações, mas, pela alegria do contato, do retorno, do compartilhamento, de
saber que estão lendo e vivendo as singelas letras, o quem por si só, acaba por
incentivar-me ainda mais a escrever e aprender com suas ponderações.
CELSO RICARDO – Como você avalia a procura pelos leitores de livros com a temática poética? Você classifica que os livros poéticos são bastante lidos ou necessita melhorar e caso necessite, o que podemos fazer para mitigar isso?
ADILSON
ZOTOVICI – Creio que a procura com temática poética é restrita e aos livros de
poesias, e especialmente de temática maçônica são raros. Talvez o incentivo das
administrações centrais em conjunto com as Lojas Maçônicas, por gente da área,
possa vir a estimular a leitura, despertando esse hábito.
CELSO RICARDO – Para finalizarmos, deixe aqui uma mensagem aos leitores, principalmente incentivando-os a lerem livros de poesias.
ADILSON
ZOTOVICI – Meus amigos! A boa leitura, além do exercício mental necessário à
boa saúde, trará também cultura, o entendimento e a paz espiritual que sempre
buscamos, especialmente bons livros de poesias que em seu lirismo, buscam
atingir o âmago de determinados assuntos ou temas, proporcionando momentos de
descontração, de saudade, de alegria, de felicidade, do saber. Agradeço a todos
desejando uma boa viagem ao mundo da poesia.
Bom dia. Simplesmente maravilhoso. Parabéns pela iniciativa Celso. As entrevistas são mesmo reveladoras e necessárias a para pessoas de um mundo em transição planetária como o nosso. Continue nesse caminho lindo escolhido pelo Iniverso para vc. Abraço. Silvia
ResponderExcluir